A escola e a Aba
Sem isso não é ABA, sem aquilo não é ABA, sem aquilo outro
também não é ABA.
Quando a escola faz ABA?
Partindo desse pressuposto, nunca.
Vivencio muitas críticas a escola, mas como pensar em ABA na
escola com a realidade escolar de hoje em dia. Aqui, falo de escolas públicas
que na maioria das vezes tem quantidade numerosa de alunos em sala, média de 35
e um apoio humano.
As ações dos estudantes, vistas de forma negativa, nunca
foram vistas como comportamentos e sim delitos e são mensuradas pela quantidade
de folhas no livro preto. Na escola comportamento é quando agimos conforme as
regras determinadas, é ser uma criança que todos “amam”.
As ações vistas como negativas na escola, saem deste círculo
do comportar-se. Nesse caso,
comportamentos emitidos, sempre são ruins.
O que não é permitido, mas é feito na escola, como estar
correndo e derrubar um colega, não é comportar-se. Ações como essas, não são
vistas como comportamentos, e sim infrações passíveis de sofrerem punições.
Sem gráfico não é ABA, sem gráfico não há ensino?
É comum os professores medirem o progresso do aluno no que
tange a leitura e escrita, através de gráficos feito à mão*. Com o crescente
acesso à tecnologia, registros online têm sido usados nas escolas para
acompanhamento da aprendizagem do aluno, através dos dados colhidos.
O grande entrave está, acredito eu, em como esse recurso é
utilizado. O que a escola faz com os resultados obtidos?
Esses dados têm servido à escola como algo para validar o fracasso escolar. É comum ver estudantes avaliados no início do fundamental, com déficits em várias áreas do conhecimento, mas estas crianças estão no 1º ano, “vamos aguardar mais um pouco”, é dito. Esses déficits só pioram, porque o professor sozinho, não consegue intervir nas dificuldades desse aluno. Ano após ano este aluno é encaminhado para algum projeto de recuperação da escola, que não recupera nada, pois a intervenção para as pessoas com autismo é outra e esse conhecimento continua fora da escola. Infelizmente, esse aluno chega ao final do fund I com a mesma defasagem apresentada no 1º ano.
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