quarta-feira, 19 de junho de 2024

 

É IMPRESSÃO MINHA OU A BOLHA ESTÁ ÁCIDA?

O PORQUÊ DA MINHA PERGUNTA?

Quando abro o instagram tenho visto pessoas que na “defensiva”, estão “ácidas”, agressivas na sua fala no seu falar.

Não sou a favor das pseudociências, muito pelo contrário, mas respeito quem acredita nelas, apesar das evidências provando o contrário.

Tenho amigos que acreditam que subir num certo monte, as respostas aparecem. Pessoas que acreditam que, apesar das evidências, o canabidiol tem feito a diferença na vida dos filhos e se uma mãe fala que está fazendo a diferença eu acredito, pois ela melhor que ninguém conhece o filho e se ela foi atrás dessa solução é porque a ciência não é acessível.

Minha mãe nos levava a uma benzedeira que resolvia qualquer mal. Benzedeira essa que, com um machado na mão e correndo atrás de uma criança de 1 ou 2 anos, acreditava que a criança andaria melhor e minha mãe também.

Conheço pessoas que diante de um bebê com soluço, coloca um pedaço de lã na testa da criança. Pessoas que acreditam que um certo chá emagrece ou como minha finada madrinha que acreditava em colocar um chumaço de seus cabelos lisos, na minha cabeça, faria eu não ter cabelos crespos. Uns, hoje chamam isso de racismo estrutural, outros de ignorância e eu chamo de crença, fé.

Hoje, os phd’s falam que é ignorância das pessoas. Ignorância, pois existem as práticas com evidências que provam o contrário, mas que ciência é essa que está restrita a algumas pessoas que acreditam que, oferecendo um curso gratuito, está levando a ciência para além da bolha?

O respeito não vem da cultura, o respeito deveria vir destas pessoas que detém o conhecimento, que detém a ciência dentro da redoma.

Tenho visto pessoas que falam que sem isso não é ABA, sem mestrado não é ABA, sem certificação não é ABA.

O que é ABA? Vão falar que é uma ciência que estuda o comportamento dos organismos,  que só acontece porque é reforçado pelas suas consequências. Acham que minha mãe ou madrinha compreenderiam essa explicação? Não.  Esses phd’s se referem a uma ciência elitizada, onde o sucesso da sua aplicação não está nas camadas pobres, não está nas escolas publicas ou na saúde pública.

 Algo e pessoas que eu admirava, só me decepcionam com a arrogância e a acidez que transmitem.

Lembro-me de uma antiga diretora que falava que a escola que trabalhávamos , era a "porta do inferno". Ela saiu das escolas regulares, acreditando que na Educação Especial tudo seriam flores. Ledo engano. Não era e sim é a "porta do Inferno". Parece que nada se resolve nunca, nosso discurso é o mesmo de 35 anos atrás. Hoje entendo essa diretora.

Conheci a ABA. Eu a via como algo  que  resolveria alguns problemas da escola, que sempre estavam em pauta das queixas escolares. Meu ledo engano novamente. Adoeço, fico indignada com o que vejo. Não, não vejo uma saída cor de rosa e nem cheia de unicórnios coloridos. Quando abro a porta da ABA, o que vejo não é legal! Ironia, desrespeitos, autopromoção . Aliás se eu fosse apelidar a porta da ABA, o apelido seria  "Seitaba", porque vejo  pessoas seguindo seu mestre de olhos fechados, concordando com tudo que ele fala. Discorda, pra ver a guerra instalada.

Continuo aconselhando  a Aba como tratamento do autismo e outros transtornos. Dissemino a  Aba e suas estratégias para o ensino e aprendizagem do aluno, mas hoje evitando falar "ABA", mas sim estratégias possíveis e validadas cientificamente.






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